A depressão tem aumentado, apesar de todos os esforços. Sem conseguir explicar a causa, muitas pessoas perdem a esperança e acabam estabelecendo uma conexão direta entre a depressão e a sociedade atual.
Leia o texto a seguir e vamos explorar o tema da depressão na sociedade causas e consequências destas crenças.
Quando você escuta notícias chocantes sobre algum jovem que entrou numa escola e atirou nos professores e colegas, casos de violência doméstica que terminam com mortes, suicídio de jovens etc. Tem uma palavra que aparece e você escuta vindo de todos os discursos dos especialistas até populares na fila do pão.
Estes tentam explicar para expectadores e ouvintes perplexos e que não conseguem entender como um ser humano pode tomar ações tão dramáticas contra os seus semelhantes e contra si mesmo. A resposta é geralmente só uma: é culpa da sociedade.
Essa entidade vaga que nunca ninguém viu ou sabe onde vive e do que se alimenta.
Então a lógica é simples: se é essa tal sociedade que é causadora de todos os problemas então ela é que a responsável por solucionar esses mesmos problemas. Mas a dura verdade que ninguém quer parar para pensar é que essa entidade abstrata é formada por todos os seres humanos, incluindo você e eu, mas ninguém se sente pessoalmente responsável por nada.
Eu acho curioso toda a vez que leio ou escuto que alguém é forçado a tomar uma ação ou fazer uma escolha e que sofre consequências que lhes são alheias que, no fundo não desejava, mas o fez porque a sociedade impôs sobre essa pessoa uma decisão.
Eu decidi ir mais a fundo e tentar entender como é que essa sociedade age e, porque ela é tão poderosa. Mais ainda quem, na verdade nos leva a tomar os caminhos errados.
Nunca vi, nem conheci. Eu só ouço falar: depressão na sociedade.
Quando criança tinha um sonho de viajar o mundo. Ir a países longínquos e conhecer a cultura local. Aprender todos os idiomas possíveis e por meus pés em cada continente.
Muitos anos mais tarde com a depressão vencida, passaportes tirado e as viagens feitas finquei raízes nos Países Baixos.
Pus os pés em mais de 30 países e morei em 6 deles. Fora isso mudei de área de estudos, empregos, parceiros diversas vezes por não saber para aonde ir e como me achar.
Andei por todos esses lugares, mas eu nunca encontrei essa tal sociedade. Nem sei como ela se parece. Também nunca escutei a sua voz.
De fato o que eu lembro muito bem foi de ouvir meus pais e parentes me dizendo o que eu deveria estudar o que deveria trazer dinheiro. Fazer um concurso público e trabalhar para o governo porque era mais seguro. Lembro de amigas, colegas conhecidas mulheres próximas me perguntarem por que eu ainda não tinha me casado, quando era que ia arrumar um marido e ter filho e perguntas desse tipo.
Quando eu decidia me demitir de um emprego eu recordo ouvir de colegas me dizendo que eu tinha sorte por poder me demitir quando, na verdade eles poderiam muito bem fazer o mesmo.
Em resumo: eu lembro muito bem de quem foram as pessoas que me falavam o que eu deveria fazer e que me influenciaram ou pelo menos tentaram fazê-lo.
Tanto para o bem como para o mal.
Tenho boas lembranças de pessoas que me disseram algo que trouxe uma mudança positiva na minha vida.
Quem foi que disse isso?
Agora relembrando meu passado e chegando a conclusão que a tal da sociedade não tinha grande efeito sobre minhas decisões.
Eu até hoje não escuto a voz dela ecoando na minha cabeça e me forçando a fazer coisas impensadas e irem complicar muito minha vida mais tarde.
Eu cheguei a conclusão que essa sociedade que leva a culpa de tudo de errado que acontece vive e se alimenta de conselhos dados a pessoas que não sabem tomar decisões por conta própria.
A cruel sociedade e suas maiores vítimas: as mulheres
Para ilustrar o meu ponto trago uma frase da Dra. Anahy D’Amico que achei na internet:” A sociedade exige que as mulheres trabalhem como se não tivessem filhos e sejam mães como se não trabalhassem fora. A conta não fecha.”
Essa é uma das coisas mais repetidas por mulheres no mundo ocidental e que enfrentam uma vida moderna corrida e desgastante.
Mas será que uma entidade vaga aparece no meio da noite para cada mulher e lhe diz que ela tem que de dar seus pulos, correr para ter filhos e, ao mesmo tempo ter uma carreira bem sucedida, ter o corpo em forma, bonita, magra, estar sempre disponível para a família e aparentar estar sempre no controle?
Óbvio que não e sabemos bem disso.
Se você fizer uma pergunta básica: quem é que disse isso? Quem disse que eu tenho que fazer isso ou aquilo? Se você fizer essa pesquisa toda vez ao invés de querer justificar que foi a sociedade que te obrigou a fazer determinada escolha vai achar a pessoa por trás daquela ideia principal. A tua própria mente só fez o resto do trabalho.
Foi a tua mãe que te disse que você tem que ter filhos logo? Foi o teu pai que te disse para escolher o curso de medicina porque ser médico é uma profissão que se ganha bem? Foram as tuas “amigas” que ao te verem solteira te dizem que você tem que casar logo ter filhos?
Ou são elas mesmas que se você decide ficar em casa cuidando dos filhos querem te convencer de que você precisa de uma carreira para se sentir alguém? São os influencers que te dizem que você tem que comer isso e aquilo? Foram os teus professores que te disseram o que fazer da vida? São os Youtubers que te dizem como você tem que se vestir e se comportar? São os amigos que lhe dizem o que comprar?
Quando você parar para refletir quem te disse o quê vai perceber que essas vozes têm nome sobrenome e endereço. Não é mais uma voz vaga do além com um poder maior do que você e que te segue dia e noite.
Agora se você sabe de onde vem essas ordens pode cortar as fontes.
Você segue perfis de mulheres com um corpo que você sabe que nunca vai ter não importa quanta alface você coma e quantas horas passe na academia? Pare de seguí-los agora mesmo.
Lembre-se que o corpo muda e nós envelhecemos. Daqui a 20 anos esses influencers vão ter um corpo totalmente diferente e se não tiverem outra forma de renda não vão mais lucrar postando fotos retocadas nas redes sociais.
O motivo que a ideia de que a sociedade causa depressão tomou conta da tua vida
Transferir nossos problemas para os outros e exigir deles a solução é o que impera em nossos tempos. O senso de responsabilidade pessoal praticamente desapareceu.
Ninguém mais é culpado de nada. É pecado com risco de cancelamento dizer a uma “vítima” que ela também tem parte de responsabilidade pelo que acontece em sua vida. Se a pessoa não é mais culpada de suas mazelas então alguém lá fora tem que levar essa culpa.
Entretando isso acabou criando uma verdadeira Olimpíada de vitimismo.
Por fim todas nossos problemas pessoais e sociais foram transferidos para o governo. Milhões de pessoas a cada dia tomam suas decições, mas quando a coisa fica feia e por exemplo leva a violência em casa é o governo que tem que resolver. Uma pessoa leva a vida sem planejamento econômico e vive quebrada, mas é o governo que tem que lhe acudir.
Não consigo imaginar como o governo faria maridos serem mais tranquilos, esposas mais calmas, filhos mais obedientes, além de curar cada cidadão de suas depressões, ansiedades e insônias.
Não existe ideia mais errada do que imaginar que se o governo despejasse mais dinheiro no país todos nossos problemas sociais e mentais seriam resolvidos.
Quem não sabe o quem é, vai acreditar no que lhe disserem.
Então como uma pessoa se livra das garras dessa tal sociedade cruel e malévola?
Se você escuta os conselhos e pitacos das pessoas ao teu redor significa que não tem uma segurança interna de quem é e do que quer.
Se você não sabe quem você é, o que quer e onde, quer chegar vai ser levado ao sabor dos ventos do que lhe dizem. E vai deixar a vida te levar como o Zeca Pagodinho.
Se você tem que pedir a opinião da mãe, da irmã, das amigas, dos filhos antes de tomar cada passo vai ser levado pela correnteza da vida e parar em cada ponto que cada opinião te largar.
A base de tudo é você. Seja lá qual papel que você desempenhe nos sistemas nos quais você faz parte.
As pessoas ao teu redor estão prontas para dar conselhos, mesmo quando você não os pede. Mas ao saber para onde você está indo poderá escutá-los, mas não vai tomar as tuas decisões baseados nas ideias dos outros.
Agora uma pequena pausa para reflexão: observe bem se essa pessoa que está se metendo da tua vida e parece saber de tudo tem uma vida tranquila, feliz e próspera. Se você vive no planeta terra tem a enorme chance de que não seja esse o caso então por que você deveria seguir conselhos de pessoas mais perdidas do que você?
Errou feio, errou rude
O que então leva as pessoas a escolherem fazer coisas que lhe tiram a felicidade e causam danos ao próximo?
Na verdade, é que não existe escolha. Uma escolha pressupõe uma consciência. Sem ter consciência não se pode fazer qualquer escolha. E a verdade é que as pessoas estão vivendo como se estivessem dormindo.
Para podermos fazer escolhas conscientes temos que acordar para o presente. Sair dos padrões que estão impressos em nosso subconsciente desde antes mesmo de nascermos.
Até agora você age, pensa e fala dentro do que é levado a acreditar pela tua mente que te leva no piloto automático.
As pessoas continuam a fazer escolhas que lhes levam ao sofrimento porque suas mentes estão condicionadas a repetirem o passado. Por mais doloroso que seja, mas pelo menos o passado é familiar e fácil de se repetir.
Tomar novos caminhos e novas decisões é difícil, vai desagradar às pessoas ao teu redor e requer esforço. Acordar para a realidade pode ser dolorido. A pior parte é saber que não poderá mais jogar a culpa de seus infortúnios na sociedade.
Mas vale a pena levar a vida e não deixar ser levada por ela.
Eu garanto que é bem melhor aqui do outro lado. Do lado onde a consciência está desperta. Claro que é um processo contínuo, mas traz uma paz enorme.
Não vai mais ser guiado pela “sociedade” nem viver com ansiedade constante.
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Agradeço por ler até o final.
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Até o próximo post.