7 passos para quando você não sabe o que fazer da vida

O que fazer da vida? 7 passos para encontrar novas perspectivas para refletir e encontrar caminhos antes de decidir o que fazer da vida

“Tenho 20, 30, 40, 50 anos e não sei o que fazer da vida.”

Creio que poucos são os privilegiados que já sabem desde cedo o que querem fazer, ou aqueles que nunca tiveram que parar e se fazer essa pergunta.

Eu mesma passei anos me martirizando ao ver que meus irmãos pareciam ter nascido sabendo exatamente o que iriam fazer. Eu, por outro lado, pulava de galho em galho e sentia que esse eterno mudar nunca teria fim. Mudar de emprego, de curso, de área, de cidade, de país, de parceiro, etc.

Neste artigo, quero reunir um pouco do que aprendi com minha própria experiência, além de agregar conhecimentos de outros autores que falam sobre como chegar o mais perto possível do seu caminho.

Espero que pelo menos te cause algumas reflexões sobre a vida em si.

Para os amantes da leitura e da pesquisa, deixarei algumas indicações de livros que me ajudaram — e ainda ajudam — sempre que preciso voltar a me lembrar de algumas dicas.

Alías se você não tem o hábito da leitura saiba que começar a ler pode te economizar dinheiro e tempo nesse caminho de saber o que fazer da vida.

“Se você não leu centenas de livros, você é funcionalmente analfabeto e será incompetente, porque suas experiências pessoais, por si só, não são amplas o suficiente para sustentá-lo.” Jim Mattis

Então, aperte os cintos e vamos viajar um pouco para o passado e de volta para o presente!

 

O que fazer quando não se sabe o que fazer?

Para responder a essa questão, vou apresentar alguns passos que, espero, ao menos te ajudem a refletir um pouco.

Mesmo que você esteja relativamente satisfeito com a tua vida atual, pode ser que, lá no fundo, escute uma vozinha que há anos vem e vai e te questiona: “E se eu fosse atrás daquele meu sonho?” ou “Como seria minha vida se eu tirasse da gaveta aquilo que sempre quis fazer?” ou ainda “Será se eu seria mais feliz fazendo outra coisa?”.

Perceba que meu foco aqui é, principalmente, te auxiliar a encontrar aquela ocupação, trabalho ou emprego que te traga mais satisfação. Mas a vida não se resume apenas a isso. Mas, porém, entretanto a fonte da nossa renda é importante, pois nos proporciona uma vida mais confortável. Além de nos dar liberdade e tranquilidade.

No entanto, acredito que somos um sistema interconectado: quando uma área da nossa vida vai bem, todas as outras também melhoram, como em um efeito dominó.

O problema em perder peso, por exemplo, pode estar ligado à ansiedade que você sente, que, por sua vez, pode estar relacionada às crises no seu casamento que reflete no teu trabalho. Tudo está conectado.

Por isso, minha intenção é trazer reflexões que vão além da simples escolha de um trabalho ou emprego.

Quero lembrar que esse é um processo, e para aproveitá-lo ao máximo, apenas curta a jornada.

Não existe uma fórmula mágica, mas, com o tempo, você perceberá que algumas coisas começam a mudar para melhor. 

Como bônus, você ganhará menos ansiedade e mais consciência.

1. Por que você faz o que faz?

Imagem de um album de família que deve ser estudado para saber o que fazer da vida.

Provavelmente você ainda não deve ter parado para se perguntar por que se tornou quem é — seja profissionalmente, nos papéis sociais que você desempenha e nas relações familiares.

A não ser quando confrontado com uma crise ou se vê diante de uma doença grave as chances são pequenas que alguém por pura e espontânea vontade dar uma pausa para questionar o estado em que esta vivendo.

“Se você pode passar 8 horas por dia construindo o sonho de outra pessoa, pode dedicar 1 hora para construir o seu próprio.” Dan Koe.

Nossa primeira parada é para questionar nossas raízes, pois começar pela base é a maneira mais eficaz de lidar com qualquer desafio que apareça em nossa frente. Isso vale para uma doença, um vício ou uma situação de estresse.

Então comece assim. Quais talentos que você sabe que já existem no teu sistema familiar? O que veio de herança dos seus antepassados? O que seus pais, avós ou bisavós faziam muito bem e que lhes trouxe prosperidade? Ou, pelo menos, prazer e benefícios para a família de alguma forma?

Perceba que, da mesma forma que os traumas passam de geração em geração, também recebemos dons e talentos como bônus — e isso é uma grande vantagem. Significa que, de certa forma, esses talentos já estão dentro de você, incorporados em ti. Ou seja, não é preciso começar tudo do zero. É como se de alguma forma alguma base você já tem.

Mas existe um lado não tão positivo: a compensação. Esta é o lado em que causa a grande parte dos empacamentos da história profissional de muitas pessoas. 

Muitas vezes, sem perceber, seguimos uma profissão que não prospera como forma de compensar acontecimentos passados da nossa família. Tenho certeza de que você conhece pessoas formadas em universidades prestigiadas, com profissões bem reconhecidas, mas que você não entende porque não conseguem ganhar dinheiro ou decolar na carreira.

Se analisarmos a história dessa pessoa, é possível encontrar eventos no passado de um avô ou tio distante que, de alguma forma, sofreu ou prejudicou outras pessoas. Por exemplo, uma avó que foi proibida de estudar pelo marido pode influenciar, inconscientemente, uma neta a se tornar professora como uma forma de compensar esse sofrimento. Ou um advogado, cujo bisavô construiu sua fortuna explorando outras pessoas, pode se tornar um defensor dos oprimidos e ter dificuldades financeiras. Nesse caso, ele estaria inconscientemente equilibrando o que seus antepassados tiraram dos menos favorecidos.

Cada caso é único, e muitas dessas dinâmicas não são fáceis de enxergar sem o devido conhecimento. Quando fazemos parte de um sistema, temos pontos cegos e não conseguimos perceber certas influências. Afinal, o que consideramos certo ou errado depende do meio em que fomos criados. É por isso que tanta gente se incomoda com o comportamento alheio e julga os outros sem perceber que tudo depende da perspectiva.

Tentar enxergar nossos próprios bloqueios é muito difícil, tudo pode parecer embaçado e não conseguimos ver coisas óbvias. 

Muito mais fácil ver onde os outros estão errando. No fundo quase todos nós somos especialistas na vida alheia: temos a solução para os problemas dos outros mas não os aplicamos. 

Aí que entra a necessidade de alguém com experiência e conhecimento para nos guiar. E é assim que você vai conseguir entender muita coisa. A a mágica acontece —  é como se você colocasse um novo par de óculos e, de repente, tudo ficasse mais claro.

E é isso é que o meu trabalho: te pego pela mão e te guio nessa trilha de descobertas. Você pode marcar uma sessão individual comigo aqui e eu te passo estes “óculos”. Te prometo que você nunca mais ver o mundo da mesma forma. No início vai ser um pouco dolorido mas logo você vai ver que vai ter valido a pena.

Bom nesse primeiro passo eu quero te sugerir um exercício simples: pegue papel e lápis e escreva o nome de cada um dos teus antepassados. Se quiser faça um desenho como se fosse uma árvore. Abaixo de cada nome escreva as suas ocupações e talentos de cada uma destas pessoas. 

Aproveita para acrescentar fatos curiosos sobre a pessoa: como por exemplo: se casou ou não, se morreu cedo, de que doenças tiveram ou do que faleceram, etc. Note se alguma história aparece mais de uma vez. 

Comece pelos pais e tios, depois passe para os avós e tios-avós, indo o mais longe que puder.

Esse é o primeiro passo para entender o meio de onde você veio — e, assim, descobrir para onde ir fica mais fácil.

Se não tiver as informações suficientes, pergunte a outros dos teus familiares. Essa será uma experiência valiosa por si só. 

Conhecer mais sobre a nossa história nos ajuda a compreender melhor quem somos.

Agora uma dica importante: procure rever essas histórias sem julgamentos e sem rótulos. Sabe aquele tio “alcoólatra” ou aquela avó “louca” que foram esquecidos ou excluídos? Eles também fazem parte da sua história. Livre-os das etiquetas que tua família atribuiu a eles e tente enxergar a realidade como ela realmente é. Consegue separar os fatos em si das versões que cada um criou a partir deste fato?

Você conhece as dores de cada um deles? Como foi a infância dessas pessoas? Como foram feridos e como reagiram a isso? Quais foram as tragédias que aconteceram com eles? Veja-os com amor e aceite-os como parte do sistema ao qual você também pertence.

A propósito, a BBC Brasil publicou recentemente um artigo intitulado “8 formas de ser mais feliz neste ano, segundo a ciência”. Uma dessas formas de aumentar a felicidade, segundo o texto, é: “Conecte-se com seus antepassados.”

O curioso é que, há tempos, especialistas que falam sobre a importância de conhecer a história do sistema familiar são taxados de pseudocientistas. Agora, esse mesmo tema aparece num veículo que goza de grande credibilidade sob a chamada “de acordo com a ciência”. Enfim, a hipocrisia.

Cito aqui um trecho da matéria:

“Susan M. Moore, professora emérita de psicologia da Swinburne University of Technology, em Melbourne, Austrália, descobriu que as pessoas que sabem mais sobre a história de suas famílias têm níveis mais altos de satisfação e bem-estar.”

Por isso, te desejo uma boa pesquisa. Eu já passei por esse processo e posso garantir: é libertador. Quando revisamos as histórias que nos contaram por tanto tempo sobre nossos parentes, percebemos que muitas delas não eram realmente verdadeiras. Aos poucos, começamos a enxergar padrões que se repetem e, mais importante, a nos entender melhor.

Se você quer saber como dar o próximo passo nesse caminho, continue comigo.

2. O que você quer fazer quando crescer?

Imagem de uma criança brincando com um carrinho. Lembrar do que brincava quando criança é importante para como saber o que eu quero fazer da vida.

Lembra dessa pergunta? Como odiávamos quando algum adulto nos questionava sobre isso e não fazíamos ideia! Ou, então, tínhamos uma visão fantasiosa de uma ocupação, baseada na história de algum familiar que admirávamos.

Mas essa pergunta não é de todo ruim. A verdade é que aquilo que vamos ser na vida adulta, que já está dentro de nós há bastante tempo. Vai começar a brotar lá por volta dos 10 e 12 anos, começamos a demonstrar um grande interesse por algo, e essa inclinação natural vai crescendo aos poucos.

No meu caso, foi por volta dessa idade que decidi estudar inglês, pois tinha certeza de que dominar esse idioma me abriria portas para o mundo inteiro. E foi exatamente o que aconteceu. 

Mas, com o tempo, a maioria das pessoas vai deixando essa primeira manifestação de interesse de lado. Passam-se anos até que a crise da meia-idade ou uma doença que lhe obriga a parar bate forte é que eles vão atrás de relembrar estes projetos abandonados.

É no fim da adolescência quando entram em cena os pais e professores, preocupados em orientar a escolha de uma profissão dentro de um leque considerado mais seguro — ou seja, o que “dá dinheiro”.

Assim, são esses adultos, já preocupados e traumatizados com o que receberam da geração anterior, que acabam ditando o que o jovem deve fazer. E assim a história se repete cada vez que uma alma jovem começa a entrar na fase adulta.

É nesse momento que entramos em uma corrida movida pelo medo. Ainda muito jovens, já começamos a nos desesperar porque não temos ideia do que realmente queremos fazer. A ameaça da pobreza e da falta de dinheiro nos empurra para qualquer caminho que pareça seguro, o mais rápido possível.

Aliás, sempre achei estranho o fato de que um jovem de 17 ou 18 anos precisa decidir o que fará para o resto da vida sem ter tido experiência suficiente para essa escolha. Não é surpresa que tantas pessoas mudem de área ao longo do tempo.

Felizmente, hoje essa mudança de rota profissional já é mais aceita. Estar em transição de carreira é visto como algo positivo, independentemente da idade.

O problema é que, muitas vezes, acabamos seguindo um caminho que não foi escolhido por nós, mas sim para a satisfação de outras pessoas — pais, professores ou amigos. Eu mesma caí nessa armadilha antes de ter tido consciência de tudo isso. 

Estudei para concursos públicos e acabei trabalhando em um banco, exatamente como meu pai. E, assim como ele, fui afastada devido ao agravamento da depressão e da ansiedade.

Na época, não percebia que estava apenas repetindo a trajetória dele. Meu pai se aposentou precocemente por invalidez, devido a transtornos emocionais. Sem perceber, segui o mesmo caminho. 

Não era o que me fazia feliz, mas, de certa forma, me sentia obrigada a seguir os passos dele, porque a crença de que o funcionalismo público era a única opção segura estava profundamente enraizada em mim como um programa integrado a minha pessoa.

No entanto, o medo de perder o emprego e ficar sem dinheiro não era realmente meu — era um medo herdado da família do meu pai.

Foi só quando cheguei ao extremo de tentar tirar minha própria vida (assim como meu avô paterno, que cometeu suicídio quando meu pai tinha cerca de 20 anos) que percebi minha chance de me libertar. Afinal, já não tinha mais nada a perder. De repente, o medo de acabar “debaixo da ponte” desapareceu.

Então, pedi demissão do banco e fui atrás do que realmente queria: conhecer outros países. Foi aí que me dei conta de que estava vivendo para aliviar os medos da minha família, não para mim mesma.

Aqui vai uma dica: se a tua ocupação ou seja lá o que você esteja fazendo é pesado demais e doloroso, é provável que você também não esteja vivendo para si mas carregando o fardo de outros que vieram entes de ti. 

Isso é a principal causa raiz de ansiedade, depressão, burnout e até doenças físicas. Claro que de forma inconsciente. Outro dia vi em algum lugar da internet um post que dizia algo do tipo: “burnout não é causado por trabalhar muitas horas mas sim por trabalhar em objetivos que você não acredita para outras pessoa.”

Portanto, reflita e seja mais honesto possível: a tua escolha de carreira foi realmente tua? Ou, de alguma forma, ela te foi imposta ou influenciada? Ou melhor: quem a quem você honra fazendo todo este esforço?

Eu realmente não acredito que você tenha uma resposta imediata à pergunta acima. Não te preocupe que com o processo de se autoconhecer uma hora a ficha vai cair e você vai encontrar a tua resposta. 

Muitas vezes, os pais projetam nos filhos os sonhos que não conseguiram realizar. A mãe cujo pai nunca conseguiu ser engenheiro consegue levar o filho a estudar engenharia só para descobrir aos 40 anos que odeia o que faz após sofrer um ataque cardíaco.

Outras vezes os pais, usam chantagem emocional ou se fazem de extremamente cuidadosos para conduzir e quem sabe inconscientemente manipular as decisões dos filhos. Por exemplo: um filho que se sente culpado de mudar de cidade para estudar numa faculdade longe de casa mas “prefere” estudar alguma coisa que fique mais perto de casa mas que os pais querem para ele.

Isso não significa que os pais sejam ruins ou egoístas que só querem o mal dos filhos. Na verdade, eles apenas passaram adiante os medos que receberam de seus próprios pais. Se eles não receberam o apoio emocional para irem para a vida adulta com segurança, dificilmente poderiam oferecer isso aos filhos.

Agora, quero te convidar a fazer um exercício.

Pegue de novo o papel e o lápis e faça uma viagem naquela época entre o término da infância e início da adolescência. Tente se aprofundar e mergulhar profundamente. Talvez você tenha que fazer isso mais de uma vez. Então use estas perguntas como um guia mas crie as tuas também.

 

O que você mais queria fazer quando criança?

 

O que despertava seu maior interesse entre os 10 e 12 anos?

 

O que te fascinava e que você adorava lá naqueles tempos?

 

Quem ou o que mais influenciou a tua escolha profissional atual?

Responda sem medo. O objetivo não é culpar ninguém, mas apenas entender que sua escolha pode não ter sido realmente tua. Muitas vezes, acreditamos que somos livres, mas sem saber estamos apenas repetindo padrões inconscientes da nossa família. Por isso que o exercício do passo 1 é importante.

Você vai perceber que, sem saber, revive compulsivamente padrões do passado, dramas familiares e problemas não resolvidos. Mas, como mencionei no passo 1, também há muitas heranças positivas que podem te ajudar nessa jornada.

Essa reflexão pode ser um grande passo para descobrir o que realmente faz sentido para você. Assim você conecta com o que você já faz de melhor agora que é uma pessoa adulta.

3. O que você já sabe e faz muito bem?

Imagem de pessoas aplaudindo uma maratona. Saber o que se faz muito bem pode dar dicas de como saber o que fazer da vida profissional.

Outra pista para encontrar sua verdadeira vocação é observar o que você já faz muito bem. O que as pessoas costumam elogiar em você? Pode ser algo simples, como cozinhar, costurar, resolver problemas, negociar, ter ideias criativas, gerenciar conflitos ou ensinar.

Também pode ser algo que para você é fácil e natural, mas que outras pessoas acham difícil ou evitam fazer. Se você não consegue perceber essas tuas melhores habilidades, pergunte a teus melhores amigos — e não tanto aos teus familiares. Isso porque, dentro da família, muitas vezes as pessoas se acostumam com o que fazemos e não enxergam como algo especial. Além disso, em alguns casos, podem ter seus próprios motivos para não reconhecerem o teu talento, seja por dependência emocional ou por receio de que você se destaque.

Outra possibilidade é combinar conhecimentos de duas ou mais áreas para criar algo novo. Hoje, a internet torna isso muito mais fácil. Pense na quantidade de pessoas que trabalham como nômades digitais, influenciadores ou empreendedores digitais. Profissões que há poucos anos pareciam impossíveis agora são realidade para muita gente.

Para ilustrar esse tema, quero compartilhar uma citação de um livro que conheci recentemente e que me conquistou de imediato: A Guerra da Arte, de Steven Pressfield. É a minha primeira dica de leitura de hoje. O livro é de uma leitura leve e rápida, mas poderosa. Eu sempre releio quando preciso me lembrar de vencer a Resistência — sim, com “R” maiúsculo. O autor descreve essa força invisível que nos faz procrastinar, duvidar de nós mesmos e evitar mudanças.

Como descobrir o que fazer da vida

Às vezes até sabemos o que temos que fazer mas o procrastinação não nos deixa avançar. Isto é que Pressfield chama de Resistência.

Aqui está um trecho que combina perfeitamente com esse momento de reflexão que te convido a fazer:

“Olhe no fundo do seu coração. A menos que eu seja louco, neste mesmo instante uma vozinha fraca está sussurrando, dizendo-lhe, como já fez milhares de vezes, qual é a vocação que é sua e apenas sua. Você sabe. Ninguém tem que lhe dizer. E, a menos que eu seja louco, você não está mais perto de tomar uma atitude em relação a ela do que estava ontem ou estará amanhã. Acha que a Resistência não é real? A Resistência o matará.”

Essa “vozinha” é real. Ela está sempre ali, nos dizendo qual caminho seguir. Mas a tal da Resistência nos prende ao que é familiar e seguro.

Se você está nessa jornada de autodescoberta mas não consegue avançar, recomendo ler esse livro semanalmente, pelo menos enquanto sentir que precisa para a tua nova ocupação levantar voo. 

Atenção para um detalhe importante: infelizmente parece que a versão em português do livro não está disponível no momento. Se você lê em inglês, pode encontrá-lo disponível aqui. Geralmente livros na língua original custam menos porque não é necessário que a editora pague tradutores.

Como descobrir o que realmente quero da vida

O quê? Você ainda não entende e fala inglês?

Sabia que, segundo a Catho, a fluência no inglês pode aumentar a tua remuneração em até 170%? Se esse é um obstáculo para você, que tal começar hoje mesmo? Clique aqui e agende uma aula gratuita, sem compromisso e sem traumas.

Aliás, você sabia que seu medo de falar inglês não tem nada a ver com sua capacidade de aprender? Provavelmente, te forçaram a falar antes que você tivesse conhecimento suficiente para formular frases. É por isso que você gasta toda a tua energia tentando traduzir mentalmente cada palavra — um método que faz qualquer um desistir.

E aqui vai um segredo: muitos cursos de inglês de franquias não são feitos para você aprender inglês de verdade. Assim como muitas academias não são projetadas para que todo mundo fique em forma.

Fica a dica. 😉

4. Teste, experimente, conheça pessoas, ouça novas ideias.

Imagem de um casal dançando na rua. Experimentar coisas novas ajuda a descobrir meu propósito de vida.

Se você sempre come as mesmas comidas, vai aos mesmos lugares nas férias, assiste aos mesmos canais e escuta sempre as mesmas pessoas, suas chances de encontrar novas ideias são bem limitadas. Para descobrir novas possibilidades, é essencial explorar e experimentar coisas inéditas e diferentes.

Atreva-se a ouvir alguém com uma opinião contrária à tua? Explore novos canais de conteúdo, leia livros de gêneros variados e diferentes dos que você normalmente escolheria. Pegue novos caminhos para ir ao mercado, ouça novos estilos de música, viaje para lugares diferentes, faça amizades com pessoas de outras faixas etárias, prove novas comidas, etc. 

Experimente atividades novas algumas vezes para decidir, de fato, se não gosta ou se apenas tinha uma ideia preconcebida sobre o assunto. Às vezes, nossa percepção inicial nos impede de explorar o que poderia ser muito enriquecedor.

Junte-se a grupos ou participe de encontros sobre diversos temas. Isso não só expandirá suas perspectivas, como também abrirá oportunidades para conhecer novas pessoas. A cada passo em direção ao mundo, você está criando novas portas que podem se abrir de maneira inesperada.

Melhor ainda, fazer isso pode te ajudar a não ser uma pessoa solitária.

“É necessário tudo isso? É preciso encarar a morte para nos levantarmos
confrontarmos a Resistência? É preciso que a Resistência aleije e desfigure
nossas vidas para despertarmos para a sua existência? Quantos de nós se
tornaram bêbados e viciados, desenvolveram tumores e neuroses sucumbiram
a analgésicos, mexericos e uso compulsivo do telefone celular, simplesmente
por não fazer “a aquilo que nossos corações, nosso génio interior, nos impele
a fazer? A Resistência nos derrota.” A Guerra da Arte.

Além disso, você pode descobrir habilidades e interesses de que nem sabia que era capaz. Quando uma oportunidade surge, você pode ser desafiado a criar soluções ou simplesmente aproveitar o que está acontecendo.

Então, a dica prática que eu te dou é: reveja aquelas atividades e interesses que você sempre deixa para o futuro. “Um dia quero aprender a tocar bateria.” “Um dia vou começar a pintar.” Pergunte-se: como você pode começar agora a explorar esses interesses? Por que não começar agora? Conhece alguém que já faz isso ou algum curso acessível que você possa começar? Ou, se preferir, faça uma pesquisa mais aprofundada na internet sobre o assunto.

Vou dar um exemplo pessoal: outro dia pensei em começar a costurar. As roupas que vendem nas lojas não são exatamente como eu gostaria. Não seria ótimo fazer os vestidos exatamente como eu quero? Minha mãe sempre teve uma máquina de costura e fazia nossas roupas quando éramos crianças. Lembro até da primeira máquina, uma Singer clássica com pedal. Hoje, ela tem uma versão moderna e elétrica. Resolvi pesquisar sobre isso no YouTube e encontrei inúmeros tutoriais que explicam desde como começar até que tipo de máquina é melhor e que tecidos usar.

A chave é não criar desculpas para adiar o começo da tua busca. Vou compartilhar um trecho engraçado, mas bastante verdadeiro que eu copiei e guardei para ler regurlamente, do Steven Pressfield em A Guerra da Arte:

“A Resistência nos derrota. Se amanhã de manhã, por algum passe de mágica, toda alma atordoada e ignorante acordasse com o poder de dar o primeiro passo para ir atrás de seus sonhos, todo psiquiatra na lista telefônica fecharia as portas do consultório. As prisões se esvaziariam. As indústrias de bebidas alcoólicas e de cigarro iriam à falência, assim como os negócios de comida pronta de má qualidade, de cirurgia cosmética e de programas de entretenimento ‘instrutivos’ na TV, sem mencionar as indústrias farmacêuticas, hospitais e a profissão médica de alto a baixo. Os maus-tratos domésticos se extinguiriam, assim como o vício, a obesidade, enxaquecas, fúria no trânsito e a caspa.”

“Em outras palavras, qualquer ato que rejeite a gratificação imediata em
favor do crescimento, da saúde ou da integridade de longo prazo. Ou,
expresso de outra forma, qualquer ato que se origine de nossa natureza
superior e não inferior. Qualquer um desses evocará Resistência.” A Guerra da Arte

Eu concordo plenamente com esse pensamento. Se cada pessoa estivesse vivendo de acordo com seu propósito, sem medo de dar o primeiro passo, a realidade das crises existenciais, burnout e até mesmo as crises da meia-idade seriam bem raras. 

E sobre a caspa… bem, essa eu não tenho tanta certeza. 😄

5. Escolha apenas uma opção, mas não faça o que ama.

Imagem de uma paleta de cores com várias opções. Decidir por uma opção vai acelerar descobrir o que se quer fazer da vida.

“A maioria das pessoas passa pela vida brincando de forma superficial, sem nunca decidir dominar algo em particular.” Essa frase foi dita por Tony Robbins, e resume bem o que muitos de nós fazemos na vida: tentamos abraçar tudo ao mesmo tempo, sem focar em uma única direção.

Escolher o que fazer na vida para muitas pessoas é mais sobre tomar uma decisão do que sobre as opções em si. Quer dizer o que você vai escolher e menos importante do que fazer uma escolha.

Quando você decide namorar e casar com alguém, por exemplo, você automaticamente abre mão de todas as outras opções. O mesmo se aplica ao que você escolher para a sua carreira. Fazer uma escolha clara é, de fato, mais importante do que tentar definir todas as possibilidades.

É comum ficar em dúvida sobre qual caminho seguir, especialmente quando temos várias opções que nos atraem. Às vezes, tentamos dividir nosso tempo e esforço entre várias delas, mas o grande erro é achar que precisamos escolher entre todas as opções ao mesmo tempo. 

Você até pode manter outros interesses como hobbies para fazer nas horas de laser mas de início tenha um foco claro e um objetivo apenas.

Mas por que não fazer o que se ama, então?

Para responder a essa pergunta, te apresento Cal Newport, autor de “Bom Demais Para ser Ignorado“, outro dos meus livros preferidos que te recomendo fortemente a lê-lo. Eu li este livro de uma vez só, tamanho interesse que ele consegue trazer. Newport, um dos meus autores prediletos do momento,  argumenta que o conselho de “siga sua paixão” é, na verdade, uma armadilha. Ele explica que a maioria das pessoas não nasce com uma paixão clara, e tentar construir uma carreira em torno de algo que se ama pode, muitas vezes, levar à frustração.

O que fazer quando não se sabe o que fazer

Em vez disso, ele sugere adotar a mentalidade do “ofício”, focando em desenvolver habilidades raras e valiosas no trabalho que já se tem. Quando você se torna excepcional no que faz, as oportunidades de mais autonomia, significado e satisfação começam a surgir de forma natural. Ou seja, em vez de buscar um emprego dos sonhos desde o começo, a ideia é se tornar tão bom no que você faz que as melhores oportunidades aparecerão para você.

“Seja tão bom a ponto de não conseguirem te ignorar.” – Steve Martin

Por isso, leva tempo para que o que você escolheu mostre resultados visíveis. Se desistir no primeiro ano, achando que não vai dar certo, e pular para a próxima opção da sua lista, não permitirá que a primeira amadureça. 

Pode ser que realmente essa não seja a melhor escolha, mas você precisa de tempo para descobrir isso. E, mesmo que não seja, a experiência e conhecimento adquirido ao longo do caminho será sempre valiosa em algum momento futuro da sua vida.

Na parte prática, a sugestão é: coloque na tua pesquisa não só o que você gosta de fazer, mas também o que você já faz bem. E, uma vez identificado, escolha apenas uma coisa para focar. Depois, mantenha o foco e dedique-se para se tornar o melhor no que faz, a ponto de ninguém poder te ignorar.

Vale destacar que Cal Newport também escreveu “Trabalho Focado: Como ter Sucesso em um Mundo Distraído“, outro livro de grande valor, onde ele explica como a habilidade de realizar trabalho profundo e com foco está se tornando cada vez mais rara e, por isso, mais valiosa para o mercado de trabalho. Versão em inglês original aqui.

Em resumo, o quinto passo é: mesmo que você seja bom em várias coisas, escolha apenas uma delas para se dedicar. 

Quando você direciona a tua energia para uma única escolha, você se torna o melhor no que faz, seja no teu bairro, cidade, país ou, quem sabe, no mundo. Claro, esse processo levará alguns anos de trabalho focado, mas é o que faz toda a diferença.

Saiba que focar num único assunto é o que fazem especialistas de nichos super específicos e que ganham bem mesmo trabalhando poucas horas. Por exemplo: mestre queijeiro, sommelier de vinhos raros, designer de rótulos e embalagens premium, entre outros. Esses profissionais conseguem ganhar entre 10.000 e 50.000 reais por mês, dependendo do seu nível de expertise.

6. O que mais te interessa?

Uma vez escutei uma pergunta que achei muito interessante e que agora costumo usar: “Qual é o tema ou assunto sobre o qual você daria facilmente uma palestra de duas horas?” Esse é um excelente ponto de partida para começar a pesquisar sobre os seus verdadeiros interesses.

Pense no que você nunca se cansa de falar. Dê uma olhada no histórico dos vídeos que você assiste ou nos podcasts que você escuta. Quais são os temas dos livros e documentários que mais atraem sua atenção?

Sobre qual tema você não cansa de falar?

Esses interesses estão profundamente conectados à tua história, que é única. Só você teve os pais que teve e viveu as experiências da sua vida pelos teus próprios olhos. Ninguém mais tem ou teve a mesma trajetória que a tua.

A prática aqui é simples: reúna todos os assuntos que te interessam. Esse será mais um pedaço do quebra-cabeça na tua busca.

E melhor ainda: você tem uma experiência ou história de superação? Ou você conseguiu resolver um problema na tua vida que outras pessoas também enfrentam?

Então ensine isso aos outros o que você aprendeu.

Quero aproveitar para adicionar algo que é importante para você ter em mente: não é de uma hora para outra que você vai encontrar exatamente o que quer fazer. Talvez, no teu caso, você esteja neste exato momento em uma rotina apertada, trabalhando muito para pagar as contas mais urgentes, e isso dificulta a possibilidade de se concentrar em outras coisas. 

Mas você pode começar aos poucos a mudar de faixa.

Tenha em mente que a primeira reflexão que você terá é sobre o tempo. O tempo que você tem disponível no teu dia é limitado.

Se, neste momento, você recebe por hora trabalhada, o tempo será um fator limitante. Se você tem que trabalhar mais horas para ganhar mais, isso pode se tornar um ciclo vicioso: trabalhar mais para ganhar mais, o que resulta em um cansaço excessivo e em uma falta de energia para explorar novas alternativas ou aprender algo novo. Isso acaba fazendo com que não haja tempo livre para se dedicar a outras tarefas ou sonhos.

Por exemplo, se você trabalha em um serviço administrativo ou dirige um Uber, a única maneira de aumentar sua renda seria trabalhando mais horas. Mas isso não só provoca exaustão, como também dificulta qualquer chance de explorar novas opções.

Não te sobra energia nem paciência para por exemplo estudar aquilo que você sabe que precisa para desenvolver as novas aptidões.

“O que é algo sobre o qual você não consegue parar de falar?”

Então, pense em coisas que você pode produzir de forma mais eficiente, onde o aumento da tua renda não dependa diretamente de trabalhar mais horas. Por exemplo, se você vende um produto, é possível aumentar a quantidade de clientes que compram, otimizando o teu tempo. Pode ser qualquer coisa: vender bolos, salgadinhos ou produtos artesanais. 

A chave está em trabalhar de maneira mais inteligente, não necessariamente mais dura.

Enquanto isso você vai estudando e planejando mudar de faixa para onde você quer realmente fazer.

7. Com quantos anos sabemos o que fazer da vida?

Imagem de uma mulher lendo um texto. Geralmente com o amadurecimento e com o passar dos anos fica mais fácil descobrir o que fazer da vida.

Meu primeiro contato com o marketing digital foi com o Leandro Ladeira, e ele tem uma frase que gosto de me lembrar com frequência: “Tenha pressa para começar, mas paciência para continuar.” Essa frase reflete a importância de iniciar um projeto rapidamente, mas também de ter a resiliência e a paciência necessárias para continuar, sem esperar resultados imediatos.

Talvez você esteja nos seus 20 ou 30 anos e se sinta pressionado porque aparetemente teus amigos e conhecidos parecem estar todos felizes e bem-sucedidos, enquanto você ainda está buscando um propósito. “Estou tão atrasado(a) na vida!” É o que você pensa.

Calma, nem todos os teus pensamentos são a realidade. Em primeiro lugar, as pessoas mentem, muitas vezes se esforçando para mostrar apenas as partes boas de suas vidas. Não se deixe enganar por essa ideia de que está atrasado(a) em comparação com os outros ao seu redor.

Se você pudesse se transformar em uma mosquinha ou uma abelha robô e se infiltrasse na vida dessas pessoas, veria que por trás das aparências há muito choro e ranger de dentes. Portanto, se comparar aos outros é uma perda de tempo. Você só pode se comparar consigo mesmo, pois cada pessoa tem suas qualidades e falhas em diferentes aspectos da vida.

Veja o exemplo do Steven Pressfield que publicou seu primeiro grande sucesso, “A Guerra da Arte” (o livro que te recomendei mais acima), em 2002, aos 58 anos!  

Te dou outro exemplo de um autor super mega bem sucedido que é o Robert Greene. Ele alcançou grande sucesso com seu primeiro livro, “As 48 Leis do Poder“, publicado em 1998. Ele tinha 39 anos quando o livro foi lançado!  Antes disso, Greene trabalhou em diversos empregos e passou por várias experiências de vida que influenciaram suas obras. O sucesso de “As 48 Leis do Poder” foi um divisor de águas para sua carreira, e agora aos 65 anos ele é um autor celebridade.

Uma vez, ouvi uma história em um dos vídeos do Conrado Adolpho, que não sei se é de autoria dele, mas que vou reproduzir aqui porque ilustra bem a ideia que quero passar.

Imagine que você está participando de uma corrida de kart em uma pista circular. Mas tem um detalhe: as pessoas entram na corrida em momentos diferentes.

Quando você começa a acelerar, vê alguém bem à frente e pensa: “Nossa, estou muito atrasado! Nunca vou alcançar esse pessoal.”

Mas, ao olhar pelo retrovisor, vê outro competidor bem atrás. Nesse momento, sua percepção muda: “Estou indo bem! Estou muito à frente dele.”

O que você não percebe é que não existe um ponto de largada único para todos. Cada pessoa começou em momentos diferentes, e por isso não faz sentido comparar as posições.

A vida funciona da mesma forma. Às vezes, olhamos para pessoas que já estão anos à nossa frente e achamos que estamos atrasados. Em outros momentos, vemos alguém que está começando e nos sentimos superiores. Mas no fim das contas, cada um está correndo a sua própria corrida, no seu tempo. Em vez de se comparar com os outros, concentre-se em melhorar a sua própria performance. A única competição real é contra a sua versão de ontem.

Portanto, tenha paciência e vá coletando informações ao longo do caminho. Estude inglês porque assim você vai poder acessar muita mais conhecimento online do que você teria só sabendo português. 

“Nunca conheci ninguém com menos de 40 anos que soubesse o que estava fazendo.” Julian Barnes

Com o tempo, você vai perceber que a maturidade traz mais paciência e autoconfiança. Isso acontece quando você começa a se autoconhecer. A maioria das pessoas amadurece com a idade, mas infelizmente a mente não acompanha esse processo. Não deixe que isso aconteça com você. Conheça a si mesmo e permita que a idade traga benefícios reais e não apenas doenças e arrependimentos amargos.

Cuide da mente e do corpo para que estejam sempre funcionando e que dores e doenças não te limitem. Envelhecer não é sinônimo de doença. 

E mais uma coisa para finalizar: faço as palavras de Julian Barnes as minhas: “Nunca conheci ninguém com menos de 40 anos que soubesse o que estava fazendo.”

Foi exatamente o meu caso. Embora tenha começado meu processo de superação da depressão aos 29 anos, foi somente depois dos 40 que eu realmente me encontrei. De repente, tudo o que eu aprendi e vivi fez sentido, e eu percebi o que tinha que fazer.

Qual era o meu verdadeiro chamado? É o de passar para quem precisa que é possível superar a depressão e a ansiedade. Que é possível ter todos as áreas da vida resolvidas e viver feliz e leve.

O que acontece é que damos uma volta enorne na vida para voltarmos a reviver o que no fundo já sabiamos o que seriamos lá por volta dos 12 aos 15 anos.

Aí desenterramos aqueles sonhos e começamos a colocá-los em prática. Mas estava lá o tempo todo. Só não demos atenção com todas as pressões dos compromissos que acumulamos.

Neste último passo, você pode, se quiser, escrever seus sonhos e planos para os próximos anos. Mesmo que tudo pareça distante e inalcançável, permita-se sonhar. Mas, acima de tudo, continue, mesmo que não veja resultados imediatos. Isso é válido para qualquer coisa que você queira aprender.

Eu já estudei vários idiomas e, em todos eles, passei pela fase em que parecia que nunca conseguiria aprender de verdade. 

No entanto, com o tempo, eu saía do platô e, ao olhar para trás, via o progresso que havia feito.

Dica Bônus

 

“Cada dia trilhões de dolares estão sendo gastos tentando separar você da tua atenção cada vez que eles vencem, eles são pagos, toda vez que você vence você é pago” Anthony Vicino.

Ah, e mais uma coisa que você já deve estar careca de saber mas nunca é demais lembrar: reduza o teu tempo nas redes socias ao máximo. Desative todas as notificações do teu telefone celular.

Para focar no que você decidir fazer a partir de agora, você não pode se dar o luxo de jogar tempo fora.

Toda vez que você se pegar numa rede social vendo posts ou vídoes curtos um atrás do outro lembre-se que você está perdendo dinheiro.

Faça um print desta frase aqui para você ler todos os dias e várias vezes: 

“Cada dia trilhões de dolares estão sendo gastos tentando separar você da tua atenção cada vez que eles vencem, eles são pagos, toda vez que você vence você é pago” Anthony Vicino.

Vou te dar uma dica prática se você não consegue ficar 5 minutos sem pegar no telefone quando tenta sentar para estudar. 

É mais um aprendizado que achei num livro do Cal Newport chamado “How to Become a Straight-A Student” algo como “Como se tornar um estudante nota 10”. O livro não tem tradução para português pelo menos até o momento que escrevo este texto. Mais um motivo para você recomeçar hoje mesmo as aulas de inglês.

A dica é a seguinte: primeiro coisa é deixar o telefone no silencioso e fora do alcance da tua mão durante o tempo que você se comprometeu a estudar algo. Depois pegue uma folha de papel solta ou um pedaço de papel e ponha ao teu lado. Não pode ser um documento de word no computador nem uma folha em uma agenda ou num caderno. Tem que ser uma folha solta e avulsa.

Tendo o papel e a caneta você vai escrever cada coisa que virá na tua mente que precisa fazer usando o celular. Lembrou que tem que mandar uma mensagem de aniversário para um parente? Anote no papel. Ah, e aquelas passagens que queria ver o preço? Anote abaixo. E a conta que você não sabe se vence esta semana ou na próxima? Ponha abaixo dos itens anteriores. E assim por diante.

Faça na forma de uma espécie de lista de compras. Cada item abaixo do outro. Quando o tempo de estudo terminar você terá uma lista de que vai fazer no dia ou na semana.

Aí é só riscar o que for fazendo e tirando da lista.

E quando no dia seguinte sentar para continuar o estudo faça o mesmo. Anote também datas ideias ou qualquer outra coisas que vier a mente e que você vai tentar se enganar em querer pegar o celular para fazer.

Se você pegâ-lo mesmo que para algo rápido o teu foco já era. Até voltar a se concentrar vai levar um tempo e assim você perde minutos e horas preciosas todos os dias.

Além disso faça uma limpeza de primavera nas tuas redes sociais. Pare de seguir todo mundo que não tenha nada para te ensinar ou que vá trazer conteúdo para te levar onde você quer chegar.

Pare de seguir canais e perfis que só te fazem perder tempo. Ao invés disso busque os que realmente aprofundam em assuntos e trazem conhecimento para a tua vida.

Melhor ainda: delete o perfil de redes que não tenham sentido manter. Esta é mais uma dica do Senhor Newport. Ele tem um Ted Talk com mais de 10 milhões de visualizações chamado: “Quit social media” algo como ” Abandone as redes sociais” em português.

Pode assistir o vídeo aqui com legendas em português.

Ele nunca teve uma conta no Facebook ou no X e ensina como é possível viver bem tendo uma presença online mínima. O manual para isso ele conta nessa outra obra de arte: “Minimalismo Digital: Para uma Vida Profunda em um Mundo Superficial”. Você encontra o original aqui.

Não acho que a internet ou as redes socias sejam em si a causa de depressão e ansiedade mas sim como é feito o seu uso. E é mais verdade que as pessoas que já são deprimidas e ansiosas é que mais fazem mal uso da tecnologia do que o inverso.

Então, o que achou desses 7 passos e das dicas práticas que te dei? Te ajudaram a agir? Deixe um comentário! Não hesite em entrar em contato para uma ajuda individual, marque um horário e vamos conversar.

“O aspecto mais pernicioso da procrastinação é que pode se transformar
num hábito. Nós não adiamos nossas vidas hoje; nós as adiamos até nosso
leito de morte.

Nunca se esqueça: neste exato instante, podemos mudar nossas vidas.
Nunca houve um momento, nem nunca haverá, em que não tenhamos o poder
de alterar nosso destino. Neste mesmo segundo, podemos virar a mesa sobre
a Resistência.

Neste mesmo segundo, podemos nos sentar e fazer nosso trabalho.” Steven Pressfield em A Guerra da Arte.

Eu adoro escutar histórias de pessoas, quanto mais complexa mais intessente.

Muito obrigada por ler até aqui. Nos vemos no próximo post.

Flora.

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